E o último filme do ano é...


A Origem dos Guardiões
Jack Frost é o protetor das crianças e tem o poder de fazer nevar. Papai Noel presenteia as crianças de todo o mundo cristão  ocidental. O fofíssimo Sandman protege os sonhos das crianças evitando pesadelos. A fada dos dentes recolhe os dentes de leite das crianças trocando por doces e bugigangas. E o Coelho da Páscoa... não preciso nem dizer não é mesmo? Quando Bicho Papão resolve atacar e por medo nas crianças invadindo seus sonhos, credulidade e fantasia, os guardiões resolvem se unir e contra atacar estimulando a imaginação das crianças a fim de sustentar a magia no mundo. O detalhe da produção é a inovação nos personagens principais: Papai Noel é tatuado, o Coelho da Páscoa possui 1,85 e é metido a badAss, a fada dos dentes é esquistamente sexy e o desconhecido Sandman é fofíssimo se comunicando através de desenhos.

No estilo Os Vingadores mirim, A Origem dos Guardiões possui um roteiro tão bem amarrado e um visual tão inebriante que agrada tanto a criançada ( tanto que a meninada não parava de rir) quanto a adultos como essa que escreve. A animação é visualmente original, dando belas representações para os poderes de cada um, além de contar com um design de produção inspiradíssimo não apenas para as roupas dos personagens, mas também para o habitat/base de operações de cada um deles.

Escrito pelo ganhador do oscar de melhor curta de animação do ano passado, William Joyce e dirigido por Guilhermo Del Toro ( Labirinto do Fauno) realmente não teria como dar errado. Leve e gostoso de assistir. Belo modo de terminar o ano.

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200 Cigarros



Festas natalinas e de fim de ano geralmente rendem ótimas histórias para o cinema. È claro que teve alguns erros como o insípido Feliz Ano Novo mas de resto são filmes prazerosos. Seja drama ou comédias alternativas como 200 cigarros.
                     
Dirigido por Risa Bramon Garcia, 200 cigarrettes se passa na virada do ano de 1981 para 1982 em Nova York. Monica é uma jovem neurótica de vinte e poucos anos que prepara uma festa de arromba para comemorar a passagem do ano. Chama amigos, parentes, conhecidos e conhecidos de conhecidos. O problema é que as horas passam e ninguém chega. Ao longo dessa espera o filme corta para a histórias de desencontros e encontros amorosos de alguns desses jovens convidados. E assim vai: namoros, brigas, problemas, alegrias... tudo com um pouco de bebida e muito cigarro.


Título: 200 cigarrettes
Elenco: Ben Afleck, Casey Afleck, Cristina Ricci, Marta Plimpton, Elvis Costello
Ano: 1999

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A falta que nos Move

 
"Um brinde a essa palhaçada que é a minha vida"
O cinema nacional me enche de orgulho. Apesar de ser exportado como cinema social ou cinema de favela, os filmes do chamado movimento novíssimo cinema abordam a subjetividade, realismo fantástico e dramas psicologicos. Ou seja, são filmes que se interessam no ser humano e não somente no contexto social.

O Palhaço, Rua dos Bobos, Feliz Natal, O Astro e Trabalhar Cansa são alguns dos belissímos exemplares desse novo cinema que faz pensar e também aflorar a nossa imaginação. È o tipo de cinema que da espaço para obras autorais e independentes e que em temas particulares se tornam universais. E também são plurais nas suas singularidades.

Em A falta que nos Move dirigido por Cristiane Jatahy, o vazio e a relação verdade x ficção são discutidas através de uma trama simplória: amigos se reúnem para realizar um jantar e receber uma pessoa misteriosa. Nessa espera ocorre frivolidades, conversas francas, acidentes banais elevados a tragédias gregas e muito, mas muito improviso. A espera por esse convidado misterioso lembra Esperando Godot e assim como no livro Godot é a representação de uma eterna espera ou de uma eterna busca por algo maior do que nossa ínfima humanidade. È a incompletude da vida.

Em tom semi documental a diretora Jatahy aparece dirigindo as cenas  através de mensagens no celular ou bilhetes. Dando dicas de posição do elenco ou sobre o roteiro, ela realiza a proeza de transformar  o espectador em um agente participante desse jogo ( será as lagrimas, histórias, conversas e tensas discussões verdadeiras? ) e não somente um mero espectador.
Investigando os limites entre realidade x ficção, essa transposição cinematográfica de sua peça Todas as histórias são ficção,Jatahy nos propõe a ideia de que sem a ficção, ou seja, sem a mentira seria insuportável viver. E que as vezes ela pode ser o motor da vida.

Título: A falta que nos move
Diretor: Cristiane jatahy
Ano: 2009

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As Vantagens de ser Invisível


O teatro na Grécia Antiga teve suas origens ligadas a divindade Dionísio. Tinha um carater orgiástico e catártico. A platéia que permanecia de pé durante cinco, seis horas acompanhando a peça experienciavam uma espécia de mudança ao sair do teatro. Não saiam do mesmo modo que entraram no teatro. Os tempos mudaram e o que antes era uma experiencia catártica agora é só entretenimento entre um jantar e a balada.
Essa breve introdução da resenha sobre a origem do teatro não é fora de contexto. Ir ao cinema tem esse efeito sobre mim. Não é apenas um passatempo. È uma experiência enriquecedora. E quando o filme é obra prima ou ocorre uma identificação a catarse é natural. È o caso de As Vantagens de ser invisível.

Escrito ,dirigido e produzido por Stephen Chbosky, baseado em seu próprio livro de 1999, a trama fala sobre um jovem introvertido e complexo chamado Charlie ( Logan Lerman), que tenta fazer amigos e ser aceito nos primeiros dias de aula do segundo grau. Sua vida de isolamento e depressão muda radicalmente quando ele decide fazer amizade com o underground Patrick (Ezra Miller), que lhe apresenta um novo mundo de amigos descolados. Entre eles, Sam (Emma Watson), por quem o protagonista começa a desenvolver um grande amor. A história ganha o contexto do início dos anos noventa, o que só acrescenta a trama pois a trilha sonora com o melhor da época ( U2, Depeche Mode, The Smiths) é precisa em detalhes e momentos cruciais passados pelo personagem sem ser piegas.

Escrever a sinopse não é tarefa fácil. Qualquer linha não irá fazer jus ao filme e soará como qualquer outro filme adolescente raso e boboca. A verdade é que nas entrelinhas é onde a obra ganha seus grandes contornos. Como o fato da amizade ser um forte alicerce para a superação de problemas familiares e interiores. De ser até capaz de salvar alguém. 
Stephen Chbosky, o diretor, consegue imprimir grande sentimentalismo e drama ao filme, sem nunca exceder sua aceitação. Até o mais cético deverá se emocionar aqui.

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Frankenweenie


Tim Burton é dono de uma respeitável e longa cinematografia. Começou em 1982 com a animação em stop motion Vicente (homenagem ao seu ídolo do horror Vincent Price ) e desde então não parou mais. Em trinta anos de carreira é obvio que houve altos e baixos mas felizmente em quase 20 filmes houve mais altos do que baixos. E Frankeweenie entra no hall dos melhores de sua carreira e também um dos melhores filmes do ano.

O que permitiu o longa ser um sucesso de crítica mas não de público, foram algumas liberdades tomadas por Burton como o uso da fotografia em preto e branco ( uma das referencias ao cinema B dos anos trinta e quarenta), associada ao 3D realçando o próprio stop motion. Não se pode esquecer  as ínúmeras referências de seus próprios filmes e de outros personagens bizarros de outros filmes como Jurassick Park, Gremlins, Godzilla, A Múmia e finalmente Frankstein.

 Victor Frankenstein é um garoto de um típico suburbio americano. Prefere aulas de ciência à prática de esportes, e tem no cão Sparky seu melhor amigo que espanta a solidão com seus latidos e jeito amigável. Quando uma fatalidade encerra a amizade, Victor emprega em um experimento científico o que aprendeu na escola sobre tecidos ervosos estimulados por correntes elétricas - e numa noite de tempestade faz Sparky renascer. Para azar de toda a comunidade, porém, a feira de ciências da escola está se aproximando, e os colegas de sala de Victor também decidem testar o método de Frankenstein.

Depois do irregular Sombras da Noite, Burton não somente com um personagem, mas com vários,  passa a mensagem de que cada vez mais o mundo é preenchido pelos excluídos. Os tempos são outros, e depois de um tempo para conseguir enxergar isso, Burton volta com tudo, acompanhado de suas deliciosas referências e dos incontáveis espectadores que com certeza voltam a se identificar com seus conflitos e excentricidades.

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Um Grande Garoto

 
Há um tipo especial de filmes e personagens: São sobre aqueles homens que não querem crescer. Anti-heróis que retratam homens de trinta e poucos anos que vivem de algum tipo de renda ( nesse caso royalties de um sucesso natalino), não possuem filhos ou família e viver para a mulherada e amigos é o propósito. È o tipo que mais arranca risadas e simpatia. Deu certo com Adam Sandler em Big Daddy. O problema é quando o personagem antes egoísta e imaturo toma consciencia  da vida superficial que leva até então e  começa a  refletir sobre. As frases sagazes dão lugar à chavões e situações politicamente incorretas são substituídas por tentativas de regeneração. Ele acaba se normalizando. Essa é a rotina do roteiro desse "genêro" e Um grande garoto infelizmente não foge disso.

Adaptação do livro do pop escritor inglês Nick Hornby ( o mesmo de Alta Infidelidade), Um grande Garoto conta a história de Will( Hugh Grant). Um sujeito boa pinta que tem sua vida de solteiro, egoísta e preguiçosa descrita acima bagunçada por Marcus (Nicholas Hoult), um esperto e problemático garoto cuja mãe ( Toni Colette) é depressiva e  pai é ausente. A amizade é forçada pelo jovem e com o tempo Will aprende a ser menos egoísta e Marcus a ser um adolescente comum mas com sua própria personalidade. Um complementa o outro: O adulto tem sua vida preenchida por responsabilidades familiares através de Marcus e o jovem se torna mais leve, através de atividades fúteis como assistir podreira na tv ou fazer compras no shopping com Will.
 E é claro que para motivar Will a seguir o caminho da maturidade, surge um interesse romântico. Aqui surge na pele da linda e talentosa Rachel Weiz.

O final é comum e esperado mas até lá grandes risadas podem ser dadas. E claro desperta o interesse de ler o livro de Nick Hornby.

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Manequim- A magia do Amor

Para os cinéfilos e os apreciadores comuns de cinema que estão, assim como eu, na vibe de assistir filmes leves,bobos e escapistas, não há pedida melhor do que Manequim- A magia do Amor. Filme dos longíquos anos 90,  Manequim possui uma história simples:  Um decorador de vitrines(o bonitinho William Ragsdale), numa grande loja americana, liberta o espírito de uma camponesa que está presa dentro de um manequim há quase mil anos. È claro que ele se apaixonará por ela  e terá que enfrentar um poderoso feiticeiro para ter o seu amor eterno. Com a ajuda do seu amigo gay afetado chamado Hollyood, que oferece momentos engraçadíssimos ao longa, enfrentar situações bobíssimas para conseguir seu intento.
È realmente o tipo de fillme no qual quem assiste percebe que o elenco esta ali se divertindo e afinal só esta no longa para pagar as contas e pelo prazer de fazer cinema. Mesmo sendo trivial.
 Grande clássico da sessão da tarde, é um exemplo de que o cinema não precisa ser sério e complexo o tempo todo. De complicado já basta a vida. E ás vezes uma diversão escapista é tudo o que precisamos.
 
 
 Direção: Stewart Raffill
• Roteiro: Edward Rugoff (personagens e roteiro), Michael Gottlieb (personagens), David Isaacs (roteiro), Ken Levine (roteiro), Betsy Israel (roteiro)
• Gênero: Comédia/Fantasia/Romance
• Origem: Estados Unidos
• Duração: 95 minutos
• Tipo: Longa-metragem
 

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Ruby Sparks

Quem já conhece o trabalho de Valerie Faris e Jonathan Dayton já sabe que sairá dos cinemas com um grande sorriso no rosto. Diretores do terno e superesimado Pequena Miss Sunshine e clipes dos Smashining Pumpks e R.E.M, essa dupla sabe ser original.
 Calvin Weir Feilds é um jovem escritor ( um jovem J. D Salinger, como ele mesmo se auto intitula).È premiado e famoso por seu livro de estreia que marcou uma geração. O best seller foi tão marcante que tudo o que ele é e tem se deve ao romance. Agora ele busca por inspiração para o segundo romance mas um bloqueio criativo causado pelo término de seu namoro de cinco anos com sua primeira e única namorada o impede de escrever. Em uma consulta, seu psicanalista o aconselha a escrever sobre algo que o motiva. Esse é o ponto de partida para a Namorada Perfeita. Na história, Calvin começa a escrever sobre uma namorada idealizada. Escreve, escreve e sonha com ela. Sonha tanto que o seu ideal romantico ganha vida. Uma vez tendo a mulher de seus sonhos em seus braços, é só correr para o abraço certo?Não. Não para o vazio Calvin. Mesmo sendo sua criação e tendo total controle sobre ela, Ruby ganha contornos reais, com sentimentos e anseios como qualquer outra jovem. Anseios também relacionados ao seu relacionamento. È aí que Calvin entra em cena novamente e começa a escreve-la de acordo com suas necessidades: Se ele estiver carente, ele a escreve de modo que o satisfaça. Se  estiver precisando de espaço, ele a molda como uma mulher independente. E por aí vai...
Splash- Uma sereia em minha vida, Mulher nota mil e Mais estranho que a ficção são alguns dos filmes que possuem um mote semelhante, mas Ruby Sparks se diferencia desses não somente pela tecnica e elenco experiente mas também pela discussão mais aprofundada sobre o amor. Será que esse sentimento é realmente altruísta ou é só uma extensão de um amor próprio?

Apesar de ser classificada como comédia, não é uma  comédia escrachada e rende boas discussões sobre  amor, narcisismo e criação literária. A obra é ao mesmo tempo cômica, doce e melancólica quando precisa, e conta no elenco com a participação de gente como Annette Bening e Antonio Banderas.
 
Ruby Sparks
Diretor: Valerie Faris e Jonathan Dayton
Elenco: Paul Dano, Zoe Kazan, Annette Bening e Antonio Bandeiras
Ano: 2012

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9- A Salvação

Apresentando uma história atemporal, o filme se passa em um futuro próximo, onde todos os homens foram destruídos por máquinas criadas por eles mesmos. Com o planeta completamente destruído, um grupo de pequenas criaturas recebe partes da alma de um cientista antes dele morrer, sendo a única esperança para acabar com as últimas máquinas restantes. Nessa batalha repleta de cenas de ação de tirar o fôlego do espectador, conhecemos nove corajosas criaturas feitas de remendos de pano, que mesmo com personalidades diferentes, acabam tendo que se unir para sobreviver e acabar com uma máquina predadora mecanizada.

Em 2005 o jovem estudante de cinema Shane Acker terminara a graduação de cinema com um curta metragem chamado 9 A Salvação.O curta era tão bom que chamou a atenção da mídia e foi indicado na época para o Oscar de melhor curta. Perdeu para um concorrente inferior mas, repito o curta era tão bom que chamou a atenção de ninguém menos que Tim Burton. O resto da história nós já sabemos...
Anos depois, mais especificamente em 9/09/2009,  A Salvação é lançado nos cinemas como um longa metragem. Com a história original repaginada mas com a mesma trama- solitário boneco, que passa seus dias pensando em formas de acabar com os monstros de metal que o perseguem- Possui os elementos adorados por Tim Burton como atmosfera sombria de um mundo pós-apocalíptico, gráficos e visuais darks e impressionantes.

O problema é que se o longa empolga no visual, peca no roteiro. Assinado por Pamela Pettler (A Noiva Cadáver), a história apresenta mensagens como a importância de se trabalhar em conjunto e não sob uma liderança e também sobre o rumo do futuro da humanidade Repaginando o roteiro do curta e agregando outros personagens, 9 não consegue transmitir adrenalina nas cenas de ação ou empatia pelos bonequinhos. Perde-se tanto tempo em explicar sua origem e o porque do planeta e a população ter se dizimado que quebra o ritmo do longa, tornando-o lento e previsível. Caindo muitas vezes no lugar comum. 
Vale pelo visual e nada mais.

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360

Grande destaque das estreias do fim de semana, o aguardado filme de Fernando Meirelles ( Cidade de Deus, Ensaio sobre a Cegueira) não cumpre com as expectativas e caminha com passos cada vez mais largos para o cinema que abraça a estética e o vazio do conteúdo.

 Inspirado em "La Ronde”, clássica peça de Arthur Schnitzler, 360 é a união de histórias dinâmicas e contemporaneas, passadas em diversas partes do mundo. Laura (Maria Flor) é uma mulher que deixou a vida na terra natal para buscar melhores oportunidades em Londres ao lado do namorado Rui (Juliano Cazarré). Ao descobrir que o parceiro está tendo um caso com Rose (Rachel Weisz), ela decide voltar para o Brasil. Na volta pra casa, ela conhece um simpático senhor (Anthony Hopkins) e Tyler (Ben Foster), duas pessoas em momentos difíceis em suas vidas. Num outro lado da história, Mirka (Lucia Siposová) é uma jovem tcheca que começa a trabalhar como prostituta para juntar dinheiro. Ao mesmo tempo, lida com a desaprovação da irmã Anna (Gabriela Marcinkova). O primeiro cliente de Mirka é Michael (Jude Law), que por sua vez é casado com Rose.
Dirigido por Fernando Meirelles, filme começa em Viena e passa por Paris, Londres, Rio de Janeiro, Bratislava, Denver e Phoenix.

Apesar de se chamar 360 e indicar que a vida é um ciclo de acontecimentos,os personagens cumprem seus arcos mas nem tudo volta ao mesmo lugar. È esse o problema central de 360: O excesso de personagens e de histórias paralelas. Nem todas são exploradas da forma como deveria. Para suas histórias serem bem contadas,somente nas mãos de um hábil diretor. E Fernando Meirelles infelizmente não parece ser um deles.

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Elles


Nos cinemas brasileiros há praticamente um mês é uma boa pedida para quem deseja fugir de blockbusters e dos fracos filmes americanos atuais. Elles,que abriu o festival Um outro olhar, é dirigido pela estreante polonesa Malgorzata Szumowsk, conta a história de Anne (Juliete Binoche,se superando a cada filme), jornalista de uma grande revista voltada para o público feminino. Trabalhando em uma matéria sobre prostituição estudantil consegue os depoimentos de duas estudantes de Paris, Alicja (Joanna Kulig) e Charlotte (Anaïs Demoustier), que abrem suas vidas sem pudor ou vergonha. Tais confissões acabam ecoando no dia a dia de Anne e interferindo em seus relacionamentos pessoais. 

 Apesar de ser um tema desgastado, A bela da tarde e Caché são mais brilhantes sob a tematica da vida burguesa, é interessante ver esse cenário através do olhar da personagem de Binoche. Seu interior e sua visão vão se transformando. Antigos pensamentos e ideologias vão se perdendo ao longo do filme. Até mesmo seus hábitos vão se diferenciando. O problema é que sua situação e posição na família e sociedade  continua a mesma. E o que dizer do assunto principal, a prostituição das estudantes? Através de uma camera vacilante nos momentos da entrevista, a questão da utilização da prostituição para financiar os estudos se assemelha a um documentário. Será que alguma delas são forçadas a se prostituir? Será que há algum tipo de arrependimento? 
 Reconstituições, depoimentos e devaneios desordenados dão o tom para o desenvolvimento do enredo, mesmo que isso dificulte a compreensão em alguns trechos.

Elles não esta sendo uma unanimidade nas críticas mas o seguinte dialogo entre a jornalista e uma das prostitutas já vale o ingresso ou o download: A garota de programa com tristeza e olhos marejados diz para a jornalista que ainda carrega no corpo o cheiro. A jornalista presume que é o cheiro do trauma do sexo forçado, da ausencia de proteção e  promíscuidade. Mas não. O cheiro que ela se referia era do esgoto proximo a sua antiga moradia. 
Mesmo não sendo um filme unanime, é polêmico e quebra alguns paradigmas.

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Misterioso Assassinato em Manhatan



Dizem que até mesmo os filmes medianos de Allen são superiores a média. Misterioso Assassinato em Manhatan é um exemplo clássico.

Primeira comédia da fase despretensiosa de Allen no inicio dos anos 90, é uma obra de arte cômica divertidíssima, que brinca com muita classe com os velhos elementos  do mestre Alfred Hitchcock, no qual as tramas procuravam trazer cidadãos comuns de investigadores particulares. A partir de uma premissa simples e até mesmo banal hoje em dia –Carol (Diane Keaton), uma dona de casa entediada, cisma que o velhinho que mora ao seu lado matou sua esposa. Obcecada pelo caso, insiste que seu marido Larry (Woody Allen) a ajude a resolver o mistério, mas ele acha que ela está exagerando. O recém divorciado Ted (Alan Alda) resolve ajudá-la na investigação, deixando Larry morto de ciúmes- Allen constrói uma comédia inteligente, recheada de ótimos e impagáveis diálogos e situações cômicas que brotam na tela de forma intensa a todo momento. Ainda pode se contar com a presença de um elenco afiado e entrosado e clima de NY tangível ao espectador.

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A dama de Ferro


A regra número um para um ator ser aclamado pela crítica e público é desaparecer no personagem. È nivelar seu EU e vaidade a zero. E é exatamente esse processo de interpretação que Meryl Streep realiza em A Dama de Ferro. Com a ajuda da maquiagem (ganhadora do Oscar 2012) e encarnando os maneirismos de Thatcher com perfeição extrema, Streep também domina de forma admirável a inflexão e o timbre duro de sua voz. Além disso, a atriz evoca com sensibilidade a vulnerabilidade e fragilidade de Tatcher mais velha, que surge em cena como uma criatura prestes a desabar.

Se sua interpretação foi aclamada  tanto pela crítica quanto pelo público, o mesmo não se pode dizer da película. A crítica especializada desprezou  a obra pelo fato de Philyda Lloyd ( a mesma diretora de Mamma Mia!) preferir focar o final da vida de Margareth e não sua carreira política e juventude. Deixando de lado questionamentos sobre sua gestão e não mostra claramente o contexto caótico que a Inglaterra encontrava-se. Já o público não aprovou a narrativa montada em flashbacks. Todo o vai e vem,mistura de passado e presente,consideraram confuso por demais.
 Nem um nem outro. Tanto críticos quanto o público geral estão equivocados. Primeiro porque o filme é biografico. Focar a juventude,vida adulta ou a velhice de Tatcher fica a cargo da diretora e da roteirista. Os críticos mal humorados  já sabiam o que iriam encontrar (basta ler a sinopse). Em relação a narrativa,os flashbacks foram uma ótima sacada (apesar de não ser inovador) para relatar sua história e consequentemente parte da história da Inglaterra.

Título: A dama de Ferro
Direção: Philyda Lloyd
Elenco: Meryl Streep, Harry Loyd,Richard E. Grant
Ano:2011  

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Caindo na Real

http://static.cineclick.com.br/uploads/imagens/365x260/14857.jpg 



Recém formada na universidade, garota (Winona Rider) conhece importante empresário do ramo de tv (Ben Stiller). Ao iniciarem um relacionamento,ela recebe e cede a  declaração de amor do melhor amigo(Ethan Hawke).
 http://www.zapzap.com.br/ImageHandler.ashx?75314&t=d&ex=.jpg
Mais um classico moderno do cinema independente americano a abordar com  charme,os conflitos profissionais e emocionais da famosa geração X( jovens na faixa dos vinte-trinta e poucos, sem perspectivas). O ator Stiller que representa no filme a posição madura e careta da história faz sua estreia atrás das cameras buscando inspiração no visual MTV anos 90. Apesar de o inicio ser fragmentado, mostrando momentos de um documentário feito pela personagem de Winona Rider, o filme toma folego quando surgem os efeitos provocados pela ansiedade e insegurança da protagonista.
Só o desfecho, lacrimosamente romântico,distorce um pouco a realidade retratada e proposta.

Título: Reality bites
Elenco: Winona Rider, Ethan Hawke, Ben Stiller,Jeannine Garofallo,Swoozie Kurts
Direção: Ben Stiller
Ano:1994

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Nunca te vi sempre te amei


Dirigido por David Hugh Jones(Ghost Whisperers), Nunca te vi,sempre te amei conta com um elenco talentoso composto por Anne Bancroft, Judi Dench e Anthony Hopkins. No longa, uma pobre escritora americana e o gerente  de uma livraria especializada em livros raros  em Londres passam a se corresponder quando ela descobre que só nesse lugar consegue achar os livros que tanto almeja. Durante 20 anos passam a trocar cartas,e junto com os pedidos surgem conversas sinceras e o nascimento de um belo laço de amizade.

Certa vez ouvi de um crítico de cinema dizer que bons filmes resistem ao tempo. Pode se passar trinta,quarenta,cinquenta anos que se for bom ele não perderá o encanto. Esse é o caso de Nunca te vi,sempre te amei.
Passados mais de vinte anos desde sua estreia nas telonas, a história em si poderia soar datada e inverossímil  já que em plena era digital é praticamente impossível se corresponder com alguém sem saber nada sobre quem esta do outro lado. Mas ainda assim é um charme. A fotografia da  Londres retratada, o amor que a escritora e o gerente da livraria sentem pelos livros e literatura e claro o laço de amizade criado graças a arte. Grandes filmes são assim. Atemporais e sempre deliciosos de se ver.

Trailer:
 http://www.youtube.com/watch?v=cC7i98SXGpY

Título: Nunca te vi,sempre te amei
Elenco:Judi Dench, Anne Bancroff,Anthony Hopkins
Ano:1987

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O amor está no ar...

Em clima da data mais romântica e também uma das mais comerciais do ano,aí vai um top five dos filmes mais românticos de todos os tempos.Pelo menos na minha opinião. Portanto não importa se você esteja namorando,encalhado ou esta de boa. Esses filmes são para todos!Divirtam-se!E feliz dia dos namorados!
5-Casa  Branca

 Casal vive romance intenso. Se reencontram após a segunda guerra no bar dele. A música As time goes bye toca incessantemente. Será que esse reencontro irá acender as chamas de outrora?
4-Na Cama

 Bruno (Gonzalo Valenzuela) e Daniela (Blanca Lewin) se conheceram poucas horas antes e agora estão numa cama de motel. Eles fazem amor, contam suas vidas e dividem sonhos, verdades, mentiras, anseios e medos. Ao fim da noite a intimidade entre eles é tão forte quanto passageira, já que terminará ao amanhecer
3-Encontros e Desencontros

 Bob Harris (Bill Murray) é uma estrela de cinema, que está em Tóquio para fazer um comercial de uísque. Charlotte (Scarlett Johansson), por sua vez, está na cidade acompanhando seu marido, um fotógrafo workaholic (Giovanni Ribisi) que a deixa sozinha o tempo todo. Sofrendo com o horário, Bob e Charlotte não conseguem dormir. Eles se encontram, por acaso, no bar de um hotel de luxo, e em pouco tempo tornam-se grandes amigos. Resolvem então partir pela cidade juntos.
2-Brilho Eterno de uma mente sem lembranças

 Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) formavam um casal que durante anos tentaram fazer com que o relacionamento desse certo. Desiludida com o fracasso, Clementine decide esquecer Joel para sempre e, para tanto, aceita se submeter a um tratamento experimental, que retira de sua memória os momentos vividos com ele. Após saber de sua atitude Joel entra em depressão, frustrado por ainda estar apaixonado por alguém que quer esquecê-lo. Decidido a superar a questão, Joel também se submete ao tratamento experimental. Porém ele acaba desistindo de tentar esquecê-la e começa a encaixar Clementine em momentos de sua memória os quais ela não participa.
1-Antes do Amanhecer


Jesse (Ethan Hawke), um jovem americano, e Celine (Julie Delpy), uma estudante francesa, se encontram casualmente no trem para Viena e logo começam a conversar. Ele a convence a desembarcar em Viena e gradativamente vão se envolvendo em uma paixão crescente. Mas existe uma verdade inevitável: no dia seguinte ela irá para Paris e ele voltará ao Estados Unidos. Com isso, resta aos dois apaixonados aproveitar o máximo o pouco tempo que lhes resta.

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Branca de Neve e o caçador


Como arruinar um filme em duas horas e meia e ainda assim ter sucesso de bilheteria:
1- Baseie seu roteiro em uma história extremamente popular e consolidada.
2-Selecione para protagonista a atriz teen sensação do momento.
3-Certifique-se que a atriz seja a pior possível.
4-Introduza uma trilha sonora obvia nos momentos de tensão para estragar toda a atmosfera criada pelo próprio filme.
5-Prolongue o longa para mais de duas horas de duração para deixa-lo cansativo já na primeira hora.
6- Acrescente um triangulo amoroso meia boca com dois belos atores e voilá!
 Ok, posso estar sendo severa. Afinal nada como sentar na poltrona de cinema em um feriado chuvoso e embarcar em uma boa história.  Não é de todo mal. È criativa. Tem um argumento interessante e diferente. Se aproxima do conto original alemão através da atmosfera sombria. Tem um elenco primoroso(apesar de Kristen ter "interpretado" Bela Swan novamente),cenários repletos de efeitos especiais e a fotografia que explora o colorido são sensacionais. È um espetáculo visual. Porém carente de conteúdo. A história é a mesma, com algumas adaptações e adequações. Branca de Neve, ainda criança, órfã de mãe, vê o pai se casar com Ravenna (Charlize Theron, impecável), mulher que lhe tira a vida na noite de núpcias, tornando-se Rainha absoluta. A verdadeira herdeira do trono termina subjugada numa masmorra. Adepta de feitiçarias e obcecada pela beleza, a bruxa monarca suga a jovialidade de jovens da região. Porém, ao questionar o espelho sobre quem é a mais bela, descobre que seu desafeto, a crescida Branca de Neve (Kristen Stewart, pecável), pode superá-la.

Adaptação gótica do conto dos irmãos Grimm e imortalizado de forma soft pela Disney, a clássica Branca de neve dirigida por Ruper Sanders é uma guerreira e curandeira. Isso mesmo uma guerreira capaz de motivar e liderar um exército de homens e curandeira capaz de abençoar cervos(isso mesmo! Um cervo aparece inesperadamente,relembrando até mesmo Crônicas de Nárnia). Não é frágil e muito menos delicada. Em mais de duas horas de projeção vemos Branca de neve se tornar prisioneira, fugitiva, se apaixonar pelo caçador, morrer e até mesmo ressuscitar. Como todo personagem passa por transformações, emoções. Sendo assim, a escolha mais acertada seria contratar uma atriz que realmente soubesse atuar certo? Que realmente transmitisse emoções e mudasse suas feições de acordo com o momento passado pela personagem. Mas não é o que acontece. O que acontece diante de nossos olhos é um filme com bom potencial quase se transformar em uma bomba sem tamanho graças ao "talento" da protagonista.
Outro ato falho é a bruxa má, interpretada pela belissima Charlize Theron, se sentir insegura e querer arrancar o coração de Bella de Neve devido a sua beleza superior. Beleza superior? Onde?Não devia ser o contrário?Senão fosse essa escolha equivocada para protagonista e os cinco passos citados acima na lista, Bella de neve e o caçathor seria mais palátavel.

Ficha tecnica:
Título:Branca de neve e o caçador
Elenco: Kristen Stuart, Charlize Theron, Nick Frost, Bob Hoskins
Duração:128 minutos
Ano:2012
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=OVvnBet6668

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Up- Altas Aventuras



Se a essa altura voce ainda não assistiu a Up, obra prima da Pixar, pare de ler essa resenha agora e voe para a locadora ou download mais próximo! Não existe meio termo:em época de decadencia holyoodiana e filmes que deixam a desejar, o filme de Peter Docter(Monster S.A) é um dos poucos que somam momentos antológicos, personagens marcantes e emoção genuína.

Up, começa de maneira melancólica, mostrando, desde a infância o relacionamento de Carl Fredricksen e sua mulher,Ellie. Compartilhando o gosto pela aventura, eles constroem sua vida em torno da promessa de visitarem um paraíso perdido na America do Sul. O tempo passa. Eles envelhecem juntos. Ela morre. Carl  é deixado sozinho com seus sonhos. E o filme ainda não chegou a dez minutos! A ação começa quando, ameaçado de perder sua casa Fred decide colocar o sonho em prática: usando milhares de balões ele transforma seu lar em um dirigivel e decola, levando junto um passageiro inesperado, o escoteiro Russell. Daí é correr para o abraço! Up não é só para crianças, já que seria bobagem limitar a aventura a um único público:é um filme para todos que vão ao cinema pelo prazer de acompanhar uma boa história.

Trailer:

http://www.youtube.com/watch?v=ydmQXtfnnFY

Título: Up Altas aventuras
Diretor: Peter Docter
Elenco:
Edward Asner, Christopher Plummer, Jordan Nagai, Bob Peterson, Delroy Lindo, Jerome Ranft, John Ratzenberger, David Kaye, Elie Docter, Jeremy Leary, Mickie McGowan, Danny Mann, Donald Fullilove, Jess Harnell, Josh Cooley e Pete Docter.
Data:2003

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Garota da Vitrine


"Ao ver Mirabell se afastar, Ray Porter sentiu uma perda. 'Como é possível?', pensou ele, sofrer por uma mulher que ele manteve a distância. Para não sentir a falta dela quando ela fosse embora. Só entao percebeu o quanto querer só uma parte dela, e não ela inteira fez os dois sofrerem. E como não podia justificar seus atos, exceto por a vida ser assim."

Baseado em seu próprio livro, Shop Girl, e dirigido pelo diretor britanico Anand Tucker, a história começa com o cotidiano de Mirabelle( Claire Danes). No trabalho como atendente do departamento de luvas ela observa casais, mulheres, as próprias colegas de trabalho. Desse ínicio já percebemos que até então ela passa pela vida como observadora. Uma solitária observadora da vida. A única atividade que ela exerce para descarregar seus sonhos de uma vida melhor é através de sua arte à noite,quando chega do trabalho. 


Em um dia qualquer, na lavanderia do prédio conhece Jeremy (o talentoso Jason Schwartzman),um desastrado criador de fontes para computadores com pouca ambição e menos dinheiro ainda. Ainda que sua falta de jeito e perspectivas sejam fatores de repelencia ela inicio um relacionamento com ele. Nesse momento surge Ray Porter(Steve Martin), um rico e charmorso coroa que arrebata seu coração. È claro que Mirabelle se interessa por Ray e deixa o ingenuo Jeremy de lado.
Com esse enredo A garota da vitrine tinha tudo para ser mais um filme clichê envolvendo triangulo amoroso  ou então uma comédia romântica convencional no "Meg Ryan style".Ao invés disso, o que vemos é o amadurecimento dos personagens e sua busca por si mesmo. È uma exploração doce e amarga do amor no mundo real, da confusão e dos problemas de comunicação entre homens e mulheres que acabam por estragar tantos dos romances modernos. É uma história que levanta discussões e gera conversas sobre as diferentes coisas que buscamos no amor—e como às vezes nos comprometemos por aquilo que precisamos e não no que queremos justamente por não nos conhecermos.

Trailer:
 http://www.youtube.com/watch?v=YODMeNOSofo
 Diretor: Anand Tucker
Elenco: Steve Martin, Claire Danes, Jason Swartzman
Ano:2006

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