Wendy e Lucy

Michelle Williams não é uma atriz tecnica como a veterana Meryl Streep ou cheia de vícios de atuação como sua contemporanea Natalie Portman. Michelle Williams não é atriz. È uma artista. E uma artista completa. Entrega-se por completo aos papéis escolhidos com um cuidado meticuloso. Personagens e filmes selecionados por ela são sensíveis,melancólicos e muitas vezes indecisos. Seus filmes não são películas quaisquer. São aqueles que nos marcam. Que entranham não só em nossa mente mas em nossos sentidos.
Wendy reúne todas essas características. Sobrevivente da recente crise americana, desse sistema capitalista decandente e sangue suga,tem por única companhia sua cachorra Lucy e como objetivo viajar para o Alaska na esperança de um emprego e melhores condições de vida ao lado de sua cachorra. Wendy e Lucy não é um filme convencional hollyoodiano com começo, meio e fim moralizante. Não tem moral. Não tem uma história retílinea. Wendy não tem um rumo,uma direção certa. È na verdade uma sucessão de episódios que vão ocorrendo com ela. Em meio a esses episódios encontra solidariedade na figura de um quase aposentado policial, a maldade da humanidade na figura de um grupo de pessoas também vítimas da crise e perspectiva e esperança na sua companheira canina. Ora triste,ora esperançoso, como diz o velho chavão é uma mistura de emoções. Assim como a vida. Título: Wendy e Lucy Diretor:Kelly Reichardt Ano: 2011

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Holly Motors

Uau! Uau! Uau! O que me fascina no cinema como nenhuma outra arte me fascina são o impacto, beleza visual e a história que só essa arte é capaz de transmitir!Esse filme francês lançado nos cinemas no final do ano passado,possui tremenda beleza estética e é uma verdadeira celebração a imaginação e ao próprio cinema! Há alguns diálogos, algumas frases aqui e ali, mas o que me causou impacto foram as imagens. A cena do balé virtual está no meu top 10 de cenas mais belas já assistidas na telona.
Da madrugada até à noite, algumas horas na existência do Senhor Oscar, um ser que viaja de vida em vida. É alternadamente industrial, assassino, pedinte, criatura monstruosa, pai de família... O senhor Oscar parece desempenhar papéis, interiorizando cada um de forma completa, mas onde estão as câmeras? Está sozinho, acompanhado apenas por Céline, uma senhora loira alta aos comandos da imensa máquina que o transporta em Paris e arredores. É como um assassino consciencioso movendo-se de assassinato em assassinato. Persegue a beleza do gesto, do motor da ação, das mulheres e dos fantasmas de sua vida. Mas onde é a sua casa, onde está a sua família, o seu descanso? (fonte: filmow)
Bom,não há interpretações fáceis. É difícil racionalizar o filme por completo. Acho que nem é tão interessante e que o propósito do filme nem é racionalizar, mas sentir mesmo (não há lógica ou sentido no filme). Sentir a estranheza, o incomodo provocado. È um filme difícil, conceitual e como disse a crítica Eliane Brum em uma revista é pretensioso. Mas é um filme perspicaz sobre a contemporaneidade. É um filme metalinguístico. È um filme sobre a humanidade. È um filme sobre a arte. Cada personagem que Denis Lavant encara é um filme diferente, como se fosse vários curtas metragens. E esses curtas, esses personagens nos retratassem. Como as bonecas russas,ao invés de uma boneca dentro da outra, há um filme dentro do outro. É mais ou menos isso: um curta dentro do outro, um personagem dentro do outro, uma mascara dentro da outra, uma mentira dentro da outra. Parabéns Leon Carax pela sua coragem em expor a humanidade com todos as suas mentiras e máscaras. Direção: Leon Carax Data de Lançamento:2012 Elenco:Eva Mendes, Denis lavant,Killie Minogue

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Paris Manhattan

Alice é uma jovem farmaceutica apaixonada por Woddy Allen.Tão apaixonada por seus filmes que acredita que as respostas para as grandes questões da vida estão em seus filmes. Seu quarto possui um imenso poster do idolo, há livros do cineasta e "conversa" com ele antes de dormir. Alice não tem muita sorte em relacionamentos (tanto que quando conhece um rapaz em uma boate, este se apaixona pela sua irmã mais velha)possui uma leve rixa com sua irmã. Assim como nos filmes do Woddy Allen, por ordem do acaso conhece Victor, eletricista cetico que se apaixona por Alice gradualmente.
Se fosse feito em Hollyood, Paris Manhattan seria uma sacarina sem tamanho focando na relação das irmãs e retratando Alice como uma solteirona patética. Vide as comédias românticas com katherine Hagel. O que Hollywood precisa aprender com a diretora Sophie Lelouch é saber aproveitar os clichês do genero para dar ritmo e cadencia a história Para quem é fãnatico de Woody Allen como eu, é divertido procurar referencias sobre ele e seus filmes durante o longa. Como o próprio nome da personagem principal, Alice. Homenagem a Simplesmente Alice dirigido por ele em 92.

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