Quem já conhece o trabalho de Valerie Faris e Jonathan Dayton já sabe que sairá dos cinemas com um grande sorriso no rosto. Diretores do terno e superesimado Pequena Miss Sunshine e clipes dos Smashining Pumpks e R.E.M, essa dupla sabe ser original.
Calvin Weir Feilds é um jovem escritor ( um jovem J. D Salinger, como ele mesmo se auto intitula).È premiado e famoso por seu livro de estreia que marcou uma geração. O best seller foi tão marcante que tudo o que ele é e tem se deve ao romance. Agora ele busca por inspiração para o segundo romance mas um bloqueio criativo causado pelo término de seu namoro de cinco anos com sua primeira e única namorada o impede de escrever. Em uma consulta, seu psicanalista o aconselha a escrever sobre algo que o motiva. Esse é o ponto de partida para a Namorada Perfeita. Na história, Calvin começa a escrever sobre uma namorada idealizada. Escreve, escreve e sonha com ela. Sonha tanto que o seu ideal romantico ganha vida. Uma vez tendo a mulher de seus sonhos em seus braços, é só correr para o abraço certo?Não. Não para o vazio Calvin. Mesmo sendo sua criação e tendo total controle sobre ela, Ruby ganha contornos reais, com sentimentos e anseios como qualquer outra jovem. Anseios também relacionados ao seu relacionamento. È aí que Calvin entra em cena novamente e começa a escreve-la de acordo com suas necessidades: Se ele estiver carente, ele a escreve de modo que o satisfaça. Se estiver precisando de espaço, ele a molda como uma mulher independente. E por aí vai...
Splash- Uma sereia em minha vida, Mulher nota mil e Mais estranho que a ficção são alguns dos filmes que possuem um mote semelhante, mas Ruby Sparks se diferencia desses não somente pela tecnica e elenco experiente mas também pela discussão mais aprofundada sobre o amor. Será que esse sentimento é realmente altruísta ou é só uma extensão de um amor próprio?
Apesar de ser classificada como comédia, não é uma comédia escrachada e rende boas discussões sobre amor, narcisismo e criação literária. A obra é ao mesmo tempo cômica, doce e melancólica quando precisa, e conta no
elenco com a participação de gente como Annette Bening e
Antonio Banderas.
Ruby Sparks
Diretor: Valerie Faris e Jonathan Dayton
Elenco: Paul Dano, Zoe Kazan, Annette Bening e Antonio Bandeiras
Ano: 2012
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2 comentários:
Eu super gostei desse filme e olha que eu nem curto muito romancezinho e bla bla bla, mas esse filme é divertido e tem uma pegada meio que 'pra fazer vc pensar' mesmo. "A obra é ao mesmo tempo cômica, doce e melancólica quando precisa" ótima descrição!
=^-^=
quinta-feira, 25 outubro, 2012
È verdade! O grande diferencial é que não cai na cilada de romance comum e meloso!
sexta-feira, 26 outubro, 2012
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