E a boa filha à casa retorna! Depois de quase dois anos sem publicar nada por aqui ( o último filme resenhado foi o excelente Philomena) volto com o mesmo entusiasmo cinéfilo e com o propósito de ser mais constante nas postagens. Continuarei com meus textos rápidos e informais sobre obras antigas, atuais e dando dicas de filmes para fazer download (nos bons tempos, diria: dicas de filmes para alugar no fim de semana) ou ver no Netflix.
Sem mais delongas, começo escrevendo sobre um filme que revi recentemente e só cresceu no meu conceito.
Nascido no Tenesse em 1963, Quentin Jerome Tarantino, diretor de vários sucessos como Cães de Aluguel, Pulp Fiction e o mais recente Django Livre, é um dos mais famosos e talentosos diretores da safra de autores independentes dos anos noventa. Com diálogos rápidos e sagazes, muita cultura pop e verborragia, ainda se mantém no topo como um dos melhores diretores de sua geração. Kill Bill-Volume 1 é uma prova de seu talento.
Para quem ainda não conhece a história, seis anos após o fiasco Jackie Brown, Tarantino retornava em 2004 com kill Bill-Volume 1. Escalando sua musa Uma Thurman como a noiva, Kill Bill conta a história da Noiva (Uma Thurman) uma perigosa maquina de matar que trabalhava em um
grupo sanguinário, liderado por Bill (David Carradine), composto principalmente por
mulheres. Grávida, ela decide sair dessa vida sanguinolenta e se casar, mas no dia da cerimônia seus colegas de trabalho se
voltam contra ela, ao ponto de quase tirar sua vida. Após cinco anos em coma e sendo abusada pelos enfermeiros e médicos de um hospital, ela
desperta sem seu bebê e com um único desejo: vingança. A Noiva desperta física e metaforicamente: procura seus algozes e mata os cinco indivíduos que destruíram o seu futuro,
começando pelas matadoras Vernita Green (Vivica A. Fox) e
O-Ren Ishii (Lucy Liu).
Como já é comum em seus filmes, Quentin intercala momentos de silêncio entre um diálogo verborrágico e outro com uma trilha sonora explosiva e pop, que atua em conjunto com uma narrativa simples e não linear com longos e belos planos sequencias.
Kill Bill é indicado para fãs, nerds, cinéfilos e público comum. É caricato, exagerado, verborrágico e pop até a alma. Mas em nenhum momento deixa o público entediado. É uma homenagem ao cinema e um deleite para o público. Um clássico Tarantino! Indico!
Data de lançamento: 23 de abril de 2004 (Brasil)