Frankenweenie


Tim Burton é dono de uma respeitável e longa cinematografia. Começou em 1982 com a animação em stop motion Vicente (homenagem ao seu ídolo do horror Vincent Price ) e desde então não parou mais. Em trinta anos de carreira é obvio que houve altos e baixos mas felizmente em quase 20 filmes houve mais altos do que baixos. E Frankeweenie entra no hall dos melhores de sua carreira e também um dos melhores filmes do ano.

O que permitiu o longa ser um sucesso de crítica mas não de público, foram algumas liberdades tomadas por Burton como o uso da fotografia em preto e branco ( uma das referencias ao cinema B dos anos trinta e quarenta), associada ao 3D realçando o próprio stop motion. Não se pode esquecer  as ínúmeras referências de seus próprios filmes e de outros personagens bizarros de outros filmes como Jurassick Park, Gremlins, Godzilla, A Múmia e finalmente Frankstein.

 Victor Frankenstein é um garoto de um típico suburbio americano. Prefere aulas de ciência à prática de esportes, e tem no cão Sparky seu melhor amigo que espanta a solidão com seus latidos e jeito amigável. Quando uma fatalidade encerra a amizade, Victor emprega em um experimento científico o que aprendeu na escola sobre tecidos ervosos estimulados por correntes elétricas - e numa noite de tempestade faz Sparky renascer. Para azar de toda a comunidade, porém, a feira de ciências da escola está se aproximando, e os colegas de sala de Victor também decidem testar o método de Frankenstein.

Depois do irregular Sombras da Noite, Burton não somente com um personagem, mas com vários,  passa a mensagem de que cada vez mais o mundo é preenchido pelos excluídos. Os tempos são outros, e depois de um tempo para conseguir enxergar isso, Burton volta com tudo, acompanhado de suas deliciosas referências e dos incontáveis espectadores que com certeza voltam a se identificar com seus conflitos e excentricidades.

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