Um Grande Garoto

 
Há um tipo especial de filmes e personagens: São sobre aqueles homens que não querem crescer. Anti-heróis que retratam homens de trinta e poucos anos que vivem de algum tipo de renda ( nesse caso royalties de um sucesso natalino), não possuem filhos ou família e viver para a mulherada e amigos é o propósito. È o tipo que mais arranca risadas e simpatia. Deu certo com Adam Sandler em Big Daddy. O problema é quando o personagem antes egoísta e imaturo toma consciencia  da vida superficial que leva até então e  começa a  refletir sobre. As frases sagazes dão lugar à chavões e situações politicamente incorretas são substituídas por tentativas de regeneração. Ele acaba se normalizando. Essa é a rotina do roteiro desse "genêro" e Um grande garoto infelizmente não foge disso.

Adaptação do livro do pop escritor inglês Nick Hornby ( o mesmo de Alta Infidelidade), Um grande Garoto conta a história de Will( Hugh Grant). Um sujeito boa pinta que tem sua vida de solteiro, egoísta e preguiçosa descrita acima bagunçada por Marcus (Nicholas Hoult), um esperto e problemático garoto cuja mãe ( Toni Colette) é depressiva e  pai é ausente. A amizade é forçada pelo jovem e com o tempo Will aprende a ser menos egoísta e Marcus a ser um adolescente comum mas com sua própria personalidade. Um complementa o outro: O adulto tem sua vida preenchida por responsabilidades familiares através de Marcus e o jovem se torna mais leve, através de atividades fúteis como assistir podreira na tv ou fazer compras no shopping com Will.
 E é claro que para motivar Will a seguir o caminho da maturidade, surge um interesse romântico. Aqui surge na pele da linda e talentosa Rachel Weiz.

O final é comum e esperado mas até lá grandes risadas podem ser dadas. E claro desperta o interesse de ler o livro de Nick Hornby.

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Manequim- A magia do Amor

Para os cinéfilos e os apreciadores comuns de cinema que estão, assim como eu, na vibe de assistir filmes leves,bobos e escapistas, não há pedida melhor do que Manequim- A magia do Amor. Filme dos longíquos anos 90,  Manequim possui uma história simples:  Um decorador de vitrines(o bonitinho William Ragsdale), numa grande loja americana, liberta o espírito de uma camponesa que está presa dentro de um manequim há quase mil anos. È claro que ele se apaixonará por ela  e terá que enfrentar um poderoso feiticeiro para ter o seu amor eterno. Com a ajuda do seu amigo gay afetado chamado Hollyood, que oferece momentos engraçadíssimos ao longa, enfrentar situações bobíssimas para conseguir seu intento.
È realmente o tipo de fillme no qual quem assiste percebe que o elenco esta ali se divertindo e afinal só esta no longa para pagar as contas e pelo prazer de fazer cinema. Mesmo sendo trivial.
 Grande clássico da sessão da tarde, é um exemplo de que o cinema não precisa ser sério e complexo o tempo todo. De complicado já basta a vida. E ás vezes uma diversão escapista é tudo o que precisamos.
 
 
 Direção: Stewart Raffill
• Roteiro: Edward Rugoff (personagens e roteiro), Michael Gottlieb (personagens), David Isaacs (roteiro), Ken Levine (roteiro), Betsy Israel (roteiro)
• Gênero: Comédia/Fantasia/Romance
• Origem: Estados Unidos
• Duração: 95 minutos
• Tipo: Longa-metragem
 

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Ruby Sparks

Quem já conhece o trabalho de Valerie Faris e Jonathan Dayton já sabe que sairá dos cinemas com um grande sorriso no rosto. Diretores do terno e superesimado Pequena Miss Sunshine e clipes dos Smashining Pumpks e R.E.M, essa dupla sabe ser original.
 Calvin Weir Feilds é um jovem escritor ( um jovem J. D Salinger, como ele mesmo se auto intitula).È premiado e famoso por seu livro de estreia que marcou uma geração. O best seller foi tão marcante que tudo o que ele é e tem se deve ao romance. Agora ele busca por inspiração para o segundo romance mas um bloqueio criativo causado pelo término de seu namoro de cinco anos com sua primeira e única namorada o impede de escrever. Em uma consulta, seu psicanalista o aconselha a escrever sobre algo que o motiva. Esse é o ponto de partida para a Namorada Perfeita. Na história, Calvin começa a escrever sobre uma namorada idealizada. Escreve, escreve e sonha com ela. Sonha tanto que o seu ideal romantico ganha vida. Uma vez tendo a mulher de seus sonhos em seus braços, é só correr para o abraço certo?Não. Não para o vazio Calvin. Mesmo sendo sua criação e tendo total controle sobre ela, Ruby ganha contornos reais, com sentimentos e anseios como qualquer outra jovem. Anseios também relacionados ao seu relacionamento. È aí que Calvin entra em cena novamente e começa a escreve-la de acordo com suas necessidades: Se ele estiver carente, ele a escreve de modo que o satisfaça. Se  estiver precisando de espaço, ele a molda como uma mulher independente. E por aí vai...
Splash- Uma sereia em minha vida, Mulher nota mil e Mais estranho que a ficção são alguns dos filmes que possuem um mote semelhante, mas Ruby Sparks se diferencia desses não somente pela tecnica e elenco experiente mas também pela discussão mais aprofundada sobre o amor. Será que esse sentimento é realmente altruísta ou é só uma extensão de um amor próprio?

Apesar de ser classificada como comédia, não é uma  comédia escrachada e rende boas discussões sobre  amor, narcisismo e criação literária. A obra é ao mesmo tempo cômica, doce e melancólica quando precisa, e conta no elenco com a participação de gente como Annette Bening e Antonio Banderas.
 
Ruby Sparks
Diretor: Valerie Faris e Jonathan Dayton
Elenco: Paul Dano, Zoe Kazan, Annette Bening e Antonio Bandeiras
Ano: 2012

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